quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

A TOALHA DE OXALÁ

USO DA TOALHA DE OXALÁ
(TEXTO EXTRAÍDO DO SITE UMBANDA DO BEM)

Muito tem sido falado a respeito do uso da toalha de pescoço nos terreiros. Hora
a mesma serve somente de "adorno" para vestimenta dos médiuns, hora serve de
"escoro" para guias para que as mesmas não tenham contato com o corpo do médium,
hora não se sabe para que servem.
Como sabemos a Umbanda é uma religião ritualística e tudo dentro da mesma tem seu
fundamento sagrado com base na irradiação divina de Olorum e dos sagrados Orixás.
Assim como as vestes, as guias, os pontos etc..., com a toalha de pescoço não seria
diferente e abaixo vamos relatar o que nosso mentor Cangaceiro José Severino nos
ensinou a respeito da mesma.

O uso da toalha de pescoço nos terreiros e seu fundamento

A toalha branca que usamos com as guias por cima da mesma em um terreiro tem um
fundamento muito importante para o médium e para o corpo mediúnico de uma casa.
A consagração da toalha branca que se usa no pescoço é feita na linha da Fé,
consagrada ao Orixá Oxalá, orixá que rege este mistério, pois seu fundamento é que
"a fé sustente toda a força da linha de trabalho e do próprio médium em si" para que
sempre lhe ampare em suas atividades espirituais criando um manto de luz em torno
do mesmo.
Quando nos referimos à sustentação do corpo mediúnico, nos referimos ao fato de
que:

• Fundamento bem feito: médium mais determinado e equilibrado
• Médium equilibrado: grupo também equilibrado
• Resultado: Trabalhos mais sérios e mais pessoa auxiliadas.
O tamanho de uma toalha de pescoço deve chegar até a altura de nossa cintura,
próximo de nossa região pubiana, pois na força do Orixá que a cruza, todos nossos
chacras também ficam protegidos e purificados dentro do sentido da fé, pois sem a
mesma nada anda em harmonia.

Durante o atendimento assim como as guias a toalha de pescoço exerce o papel de
proteção energética do médium que a sua.
Nós podemos utilizar nossas toalhas de várias formas:
- A primeira delas é a que citamos acima, ou seja, a proteção de nosso campo
sensorial (chacras)
- A segunda delas seria quando não estamos usando nem as guias, nem a toalha
no terreiro durante os trabalhos, as mesmas podem ficar enroladas por dentro
da toalha, pois a mesma é um portal em si, que as purifica e não permite que
energias negativas tomem conta da mesma.
- A terceira segue o rito religioso, ou seja, quando recebemos Orixás Ancestrais
que carregam o mistério "Ancião", o mesmo pode se servir desta toalha para
cobrir sua cabeça, pois a mesma é um portal sagrado para os mesmos
trabalharem.
Não se usa:

A toalha para trabalhar outras pessoas, este é um elemento de uso litúrgico e proteção
do médium, nunca deve ser utilizado para encaminhamento de sofredores ou pessoas
com desequilíbrio psíquico. Nestes casos existem consagrações especificas dentro da
Umbanda para toalhas com este fim.
Como o médium deve usar e cuidar de sua toalha?
O médium pode utilizá-la de várias formas sendo elas:
• Quando estamos com problemas em nosso campo mediúnico ou até mesmo
físico, podemos enrolar a toalha nesta parte do corpo, solicitando a Oxalá
pedindo o auxilio que necessitamos.
• Deve-se ao menos uma vez por mês lavá-la com água e sal grosso, em seguida
no enxágüe usar composição de água potável com água de Flor de Laranjeira
para energizá-la e purificá-la. Sempre devemos guardá-la com cuidado e
preservá-la no "sagrado" e não no profano, não permitindo que curiosos
mexam ou até mesmo usem a mesma, pois ela é consagrada adequadamente
para nosso Campo energético.
Tomem a toalha de pescoço como um manto de luz, onde os perseguidores de quem
nós atendemos não conseguem sentir nossa presença devido à luz que parte da
mesma.
Cangaceiro José Severino

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PEMBA NO TERREIRO

O USO DA PEMBA NO TERREIRO

A pemba é um objeto presente nos rituais Africanos mais antigos que se conhecem. É fabricada com o pó extraído dos Montes Brancos Kimbanda e a água que corre no Rio Divino U-Sil. É empregada em todos os Rituais, Cerimônias, festas, reuniões ou solenidades africanas. Os médiuns e as Entidades Espirituais que atuam no Centro de Umbanda costumam desenhar pontos riscados com um giz de calcário, conhecido como pemba. Esse giz mineral, além de ser consagrado para ser utilizado nos pontos riscados, também pode ser transformado em pó e utilizado para outros fins de rituais de limpeza e proteção.


Quando uma Entidade se utiliza da pemba para riscar os pontos, ela está movimentando energias sutis que, dependendo dos sinais, pode atrair ou dissipar energias. Esses símbolos estão afins a determinada “egrégoras”, firmadas no astral, há muito tempo. A pemba, quando cruzada, ou seja, magnetizada por uma Entidade, se torna um grande fixador de energias. A pemba é utilizada para riscar pontos nas pessoas, mas principalmente riscar os pontos no chão. Cada ponto tem um significado que só a Entidade que risca sabe. O ponto quando riscado está criando um elo com o plano espiritual que emana energias, fluídos e vibrações diretamente no ponto. Na maioria dos casos quando é riscado um ponto a entidade põe alguém necessitado dentro dele, é quando a pessoa, às vezes, sente as vibrações, dependendo de sua sensibilidade. É possível também um médium vidente ver os pontos riscados brilharem e emanarem luzes diversas. A cor da pemba varia de acordo com as regras de cada centro e de acordo com cada Entidade. Normalmente ela é branca.

O termo pemba também é utilizado com relação à Lei Maior, ou seja, os trabalhadores da Umbanda são filhos de pemba, ou seja, estão sobre a proteção da Lei Maior. Dependendo de sua conduta, cumprindo com suas tarefas no Bem, ele estará protegido, ou caso não aja decentemente, lhe será cobrado para que responda pelo mal que fez e volte a caminhar no Bem.

As entidades espirituais que atuam no movimento umbandista se identificam por meio de sinais riscados traçados geralmente com um giz de cálcario conhecido como pemba. Esse giz mineral além de ser consagrado para ser utilizado para escrita magística também, pode ser transformado em pó e utilizado de outras formas em preparações ou cerimônias ritualísticas.

E o termo pemba também é utilizado na Umbanda no sentido de Lei, ou seja, confome o linguajar de Umbanda, se você está sob a Lei de Pemba, você está sob a Lei maior e isso possui sérios agravantes principalmente se o médium se desvirtua de sua tarefa pois, nesses casos a cobrança é imediata. Então, estar sob a corrente de Umbanda, estar sob a Pemba, exige muita cautela mas, por outro lado se o médium procurar cumprir suas tarefas e mantiver uma postura decente, essa mesma lei pode lhe ser favorável e muito útil porque o mesmo terá o auxílio direto das entidades do astral que lhe proporcionarão forças para trabalhar com dignidade.


Voltando a questão da escrita, não é sem propósito que a Lei é chamada de pemba pois, essa escrita sagrada traduz sinais que estão afins a determinadas egrégoras firmadas no astral a muito tempo. Assim, quando uma entidade de fato traça um sinal de pemba, ela está movimentando energias sutis, que na dependência da variação desses sinais, pode atrair ou dissipar determinadas correntes de energia com muita eficácia.


Esse assunto é muito complexo para ser aberto em um livro mas, no decorrer dos trabalhos mediúnicos o médium de fato e direto, segundo sua missão, merecimento e afinidades, pode receber determinados sinais diretamente das entidades espirituais que o assistem, no intuito de escudar esse médium contra o assédio do sub-mundo espiritual.


No mais, lembramos que esses sinais são de uso exclusivo das entidades vinculadas a corrente astral de Umbanda e sua utilização inadequada por pessoas não habilitadas podem gerar uma série de aborrecimentos bem como atrair determinadas energias e entidades de difícil controle que podem levar o indivíduo às raias da loucura.

Portanto, é necessária muita cautela nesse tema e é por isso que na maioria dos terreiros, casas, agrupamentos ou templos de Umbanda, as entidades ensinam e utilizam outros sinais mais simples e simbólicos, apenas de efeito elucidativo (por exemplo: corações, machados, espadas etc.), deixando os verdadeiros sinais de pemba velados até que os filhos amadurecem e possam adentrar nesses campos com segurança.
Enfim, o importante é procurar trabalhar e deixar que as entidades atuem da forma que elas acharem conveniente porque com certeza elas nos conhecem melhor do que nós próprios pensamos que nos conhecemos...

Carlinhos Lima - Astrologo, Tarologo e Pesquisador.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

SALVE IEMANJÁ

VAMOS SARAVÁ
MÃE IEMANJÁ
VAMOS TODOS JUNTOS
JOGAR FLORES NO MAR....


QUE CANTO LINDO QUE VEM LÁ DO MAR
PARECE QUE AS ONDAS ESTÃO A CANTAR
IE... IEMANJA
RAINHA DAS ONDAS
A DONA DO MAR









Seus filhos e filhas são serenos, maternais, sinceros e ajudam a todos sem exceção. Gostam muito de ordem, hierarquia e disciplina. São ingênuos e calmos até demais, mas quando se enfurecem são como as ondas do mar, que batem sem saber onde vão parar. São vaidosos mais com os cabelos. Suas filhas sabem seduzir e encantar com a beleza e mistérios de uma sereia. Geralmente as filhas de Iemanjá têm dificuldade em ter filhos, pois já são mães de coração de todos.

As filhas de Iemanjá são voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas e, algumas vezes, impetuosas e arrogantes; têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais.

Adoram por à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais. Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem um tal fausto.

Diversos

Dia da semana: Sábado.
Saudação: Odoiá
Sincretismo: Nossa Senhora da Glória no Rio de Janeiro no dia 15/08, Nossa Senhora dos Navegantes no Rio Grande do Sul; Nossa Senhora das Candeias, da Purificação, na Bahia, no dia 02/02; Nossa Senhora da Imaculada Conceição em São Paulo no dia 8 de dezembro
Cor: Azul claro e cristal
Contas: cristal e alguns tons de azul claro.
Símbolos: Um leque chamado abebé contendo uma sereia, lua minguante, peixe.
Elemento: Água.
Algumas ervas: Folha de alfazema, folha de colônia, pariparoba, pata de vaca, rosas, palmas, crisântemos todos brancos.
Animais: Peixe de água salgada, cabra
Domínios: Oceanos.
Particularidade: Trabalha igualmente com todos acolhendo-os, fortalecendo-os, trazendo esperança. Iemanjá "cria" a todos, desempenhando função de uma grande mãe.
Características: Generosa, caridosa, acolhedora, serena, possessiva.
Equivalências: Tarot - Carta n.º 3 - A Imperatriz, Baralho Cigano - Carta n.º 3 - O Navio
Sincretismo

Existe um sincretismo entre a santa católica Nossa Senhora dos Navegantes e a orixá da Mitologia Africana Iemanjá. Em alguns momentos, inclusive festas em homenagem as duas se fundem.
No Brasil, tanto Nossa Senhora dos Navegantes como Iemanjá tem sua data festiva no dia 2 de fevereiro. Costuma-se festejar o dia que lhe é dedicado, com uma grande procissão fluvial.
Uma das maiores festas ocorre em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, devido ao sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes. No mesmo estado, em Pelotas a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes vai até o Porto de Pelotas. Antes do encerramento da festividade católica acontece um dos momentos mais marcantes da festa de Nossa Senhora dos Navegantes em Pelotas, que em 2008 chegou à 77ª edição. As embarcações param e são recepcionadas por umbandistas que carregavam a imagem de Iemanjá, proporcionando um encontro ecumênico assistido da orla por várias pessoas.
No dia 8 de dezembro, outra festa é realizada à beira mar baiana: a Festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia. Esse dia, 8 de dezembro, é dedicado à padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição da Praia, sendo feriado municipal em Salvador. Também nesta data é realizado, na Pedra Furada, no Monte Serrat em Salvador, o presente de Iemanjá, uma manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar - também conhecida como Janaína.
Na capital da Paraíba, a cidade de João Pessoa, o feriado municipal consagrado a Nossa Senhora da Conceição, 8 de dezembro, é o dia de tradicional festa em homenagem a Iemanjá. Todos os anos, na Praia de Tambaú, instala-se um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas ao redor do qual se aglomeram fiéis oriundos de várias partes do Estado e curiosos para assistir ao desfile dos orixás e, principalmente, da homenageada. Pela praia, encontram-se buracos com velas acesas, flores e presentes. Em 2008, segundo os organizadores da festa, 100 mil pessoas compareceram ao local.